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Cultura

Livro "Unidos no Amor contra a Indiferença"

November 24, 2015

Por Isabel Barata

 

Créditos Imagem: Google Imagens.

 


Sou a Isabel Rute Martins Barata, conhecida entre os amigos pela Isa.

 

Nasci em Luanda em Dezembro de 1967, mas regressei a Lisboa ainda não tinha 2 anos. E foi como alfacinha que sempre me identifiquei, pois as minhas origens são quase todas da capital.

 

Licenciei-me em Economia em 1993, exerci, na área Administrativa e Financeira, durante 5 anos.

 

Em 1992 fiz algumas experiências de voluntariado. Hoje em dia, e depois de me ter reformado por invalidez, o meu tempo é dedicado ao crescimento e desenvolvimento pessoal, enquanto Ser Humano, Social e Espiritual. Estou muito mais consciente da minha "missão" e do meu contributo para o bem-estar social.

 

Em 2009, editei com Manuel Matos o livro “Unidos no Amor contra a Indiferença”, este livro é, antes de mais, uma história de AMOR. Nele, há duas vidas que se cruzam, duas vidas que se abraçam e se dão uma à outra, são duas vidas de pessoas ditas deficientes, dessas a quem a maioria da sociedade não permite amar e ser amada, negando-lhes o direito de serem o que querem ser.

 

Este livro é um alerta contra a indiferença duma sociedade que deixa os seus cidadãos com deficiência serem destituídos do direito básico de constituirem família e serem felizes.



Nota: Para um breve vídeo sobre o lançamento do livro clicar em https://www.youtube.com/watch?v=uhrZ9OtOSaU 

Para entender melhor a RELIGIÃO MUÇULMANA nestes tempos conturbados

November 23, 2015

Por Carlos Céu e Silva.

Créditos Imagem: Google Imagens.

 

Não recebi uma revelação uma única vez que não sentisse que me arrancavam a alma”. Maomé.
 

Não são os mestres que voam, mas sim os discípulos que fazem voar”. Velho ditado persa.
 

Este viver debruçado para o mundo – lugar de Deus (Alá) e dos homens – dá aos islâmicos a noção de que a verdade (após a proclamação gur’am a Maomé no ano 610) é transmitida pela fé.

Porque a existência de Deus, para o islamismo, nunca está em questão. Aqui o lugar do Ateu, não é sentido como aquele que renega Deus, mas antes, aquele que é ingrato e injusto para com Deus, que, se fez conhecer, criando o mundo (madith, tradições sagradas).

 

Conhecimento que exige submissão, conformidade, aceitação, rendição, obediência. Significados que traduzem uma fé, profundamente simbólica e que evidencia um aspecto importante, onde o islamismo ocupa um lugar de continuidade da experiência religiosa da humanidade e “Alá”, o Deus como o único elemento motor da vida de cada um e da sociedade.

 

Até 610, altura em que se começa a ouvir falar do nome de Maomé ibn Abdallah, Meca tinha-se tornado numa cidade próspera, onde afluiam comerciantes de toda a parte. Desta forma, a intraquilidade da vida nómada, perpetuada na violência tribal e na consequente subnutrição da população, deu lugar à estabilidade, aos jogos do poder e ostentação. Agora, sendo Meca um centro internacional de comércio da alta finança, os árabes estavam completamente seduzidos pelo dinheiro e pela sua aquisição fácil e imediata. E, se até aqui, os árabes pouco tempo tinham para a religião, apesar da proliferação dos santuários onde veneravam as divindades, agora a ganância era a forma mais visível de estar na vida.

 

Mas, havia na prática uma ideologia chamada muruwah, que de certa forma preenchia as funções da religião, sem contudo desenvolverem uma mitologia própria que explicasse os valores de uma vida espiritual. Os árabes como pagãos que eram, ressentiam-se da superioridade cultural dos judeus e cristãos, pois estes olhavam-nos como bárbaros, como um povo que nunca tinha recebido de Deus nenhuma relação. No entanto, por motivos nacionalistas, também não sentiam interesse em serem culturamente possuídos por uma ideologia estrangeira, cuja língua e tradições eram diferentes das deles.

 

Muruwah poderá ter na tradução ocidental algo a ver com “masculinidade”, mas no fundo tinha uma maior gama de significações, como bravura, paciência, resistência, o que explicava a forma de perceber a vida, numa sociedade onde a taxa de mortalidade era altíssima, e, não havia a dimensão religiosa de explicar a vida depois da morte. Deste modo, virtudes como a liberdade e a generosidade, eram valorizadas de forma a não gerar nos árabes preocupações acerca do dia seguinte, do futuro. E estas mesmas qualidades foram fundamentais para o surgimento do islamismo.

 

Em 610, na 7ª noite do ramadão, quando Maomé é arrancado do sono e viu-se envolvido por algo arrebatador, até á sua morte em 632. Meca estava transformada num local pacífico, tendo sido eliminados em torno do santuário - Caaba – qualquer hostilidade tribal ou outras, e mais importantes do que tudo, para o mundo árabe tinha nascido definitivamente uma religião.

 

Maomé fala de um anjo, Gabriel, que para o islão é identificado, muitas vezes como o Espírito Santo da revelação, sendo o meio pelo qual Deus comunica com os homens. Este anjo aparece-lhe e ordena:“igra” (lê)! E Maomé recuou, pois não se achava nem vidente nem merecedor de tal escolha. E o anjo num caloroso abraço, que de tão apertado, roubou-lhe todo o ar, insiste na ordem. E só pela terceira vez, da boca de Maomé, saíram as palavras de uma nova escritura, e chamada mais tarde de proclamação e a palavra de Deus foi pronunciada em língua árabe.

 

“Lê, em nome do teu senhor, que te criou, que criou o homem de um coágulo.Lê, porque o Senhor é o mais Generoso. Ele ensinou ao homem a servir-se do cálamo. Ele ensinou ao homem o que o homem não sabia”.E assim, o Alcorão foi anunciado a Maomé, linha por linha, versículo a versículo ao longo de vinte e três anos. E Maomé é alertado no cuidado a ter nas interpretações, a não precipitar-se em dar significado, pois só o tempo permitirá as traduções adequadas.

 

“não mexas a tua língua por isso, como o fim de a agitar.Na verdade, Nós devemos reuni-la e recitá-la!E quando a lemos, segue a Leitura (ó Maomé). E depois Nós a explicaremos.”

 

Vinte anos após a morte de Maomé, é feita a primeira compilação oficial das revelações, mesmo sabendo que o Alcorão não surgiu a Maomé na ordem em que é lido hoje. Maomé não sabia ler nem escrever, portanto cada nova revelação era recitada em voz alta, circulando “livremente” entre os muçulmanos, e, só os mais cultos é que reescreviam em texto.

 

Alá é o criador do Céu e da terra, sendo para a maioria dos muçulmanos o mesmo Deus venerado pelos judeus e cristão. Mas, se por um lado, os árabes dependiam de Deus para a alimentação e sustento, por outro, consideravam-se o centro do universo, mesmo sabendo que Deus criara cada um deles a partir de uma gota de sémen. Desta forma, o Alcorão alerta a benevolência de Deus, não sendo posto em questão a sua própria existência.

 

Um dos objectivos práticos do islamismo era criar uma sociedade justa e equitativa, daí a esmola acompanhada da oração, representar duas de cinco práticas essenciais do Islão, onde pobres e fracos fossem decentemente tratados. Aqui, como no judaísmo, Deus era sentido como um imperativo moral.

 

Muçulmano é quem se submete voluntária e livremente ao poder supremo de ALLAH. E tem Maomé «Muhammad (S.A.W.)» como o seu profeta.

 

O muçulmano acredita em:

1. ALLAH;

2. Nos Anjos;

3. Nos livros de ALLAH;

4. Nos Profetas;

5. No dia do Julgamento Final;

6. No Al-Qadr, de que o bem e o mal provem de ALLAH (destino);

7. Na Ressureição (depois da morte).

 

 

MAOMÉ

 

Maomé, nasceu em 570 d.C., numa próspera cidade de caravanas do Hijaz, perto do Mar Vermelho. Perde o pai aos dois anos de idade e a mãe quando tem oito, sendo criado pelo tio, respeitando assim a tradição árabe.

 

Durante muitos anos, conduziu caravanas pelo deserto tendo chegado à Síria, onde conheceu um monge cristão, que segundo se crê, foi quem deu-lhe a conhecer os textos dos Evangelhos, para além de ter estabelecido amizades com judeus, com os quais, partilhou o legado semita do Pantateuco.

 

Em 595 casa a primeira vez com Calija, uma viúva rica quinze anos mais velha do que ele, de quem tem seis filhos.Todos acabam por falecer, excepto Fátima, que casa com Ali, primo de Maomé.

 

Em 610 tem a primeira visão divina, quando ouviu pela primeira vez o Arcanjo Gabriel, participando-lhe o chamamento divino para que «recitasse o nome de Alá», donde provém o nome de Corão que significa «recitação». Maomé tinha nesta altura quarenta anos.

 

Ameaçado pelos mercadores, por estarem alarmados ao vê-lo reunir tantos seguidores, Maomé decide, abandonar a sua cidade natal e partir para o exílio. Estamos no ano de 622, a 22 de Setembro, data em que ocorre a Hégira (hijra, ou emigração). Maomé é «expatriado» para Medina. Assinala-se assim, a fundação da era islâmica. Foi aqui, em Medina, que Maomé criou a primeira mesquita na sua própria casa.

 

Durante este tempo, Maomé foi o chefe de uma pequena comunidade, dirigindo o oásis que se tornou no primeiro «estado» muçulmano.

 

Em 619 a sua primeira mulher morre.

 

624 é um ano decisivo para a implantação do Islamismo. Dá-se a ruptura com o Judaísmo, quando os representantes da Diáspora, não encontram consistência entre os textos da Tora e as revelações do Profeta, recusando-se deste modo a reconhecer Maomé como o profeta divino. Este antagonismo chegou a tal ponto, que Maomé expulsou a comunidade judaica, massacrando membros dessa mesma comunidade. É também o ano em que volta a casar, agora com Aixa.

 

Era intenção de Maomé inserir a sua religião na continuidade da mensagem de Cristo, No entanto, não reconhecendo Jesus como “filho de Deus”, rapidamente encontrou forte resistência da parte dos cristãos, sendo forçado a afirmar com clareza “ a originalidade do caminho que escolhera” (Stierlin, 1997).

 

Além disso, no ano seguinte, Maomé começa a ditar o Corão.

 

Oito anos decorridos – 630 - desde a partida de Meca, Maomé reconquista a cidade e instaura os princípios do Islão, que são os cinco pilares da religião:

 

1. Profissão de fé : não existe outro Deus senão Alá e Maomé é o seu profeta.

2. Orações: cinco vezes ao dia.

3. Esmolas : no principio era entendida como uma restituição a Deus da parte dos bens materiais recebidos d’Ele.

4. Jejum : 30 dias de jejum no mês do Ramadão, desde o nascer até ao pôr-do-sol.

5. Peregrinação a Meca (hajj) : ao menos uma vez na vida. Para afirmar a sua mensagem, quebra todos os ídolos do templo, excepto a pedra negra, a Caaba, devido ao seu culto ancestral e que remontava a Abrãao. Como também, ficou decidido, para quem rezasse, não deveria mais voltar-se para Jerusalém mas para o mausoléu da Caaba, situado em Meca.

 

Maomé regressa a Medina e em 632 morre, após ter concluído a sua pregação. Em 23 anos conseguiu unificar um povo em torno de um só Deus e uma fé.

 

 

CORÃO

 

Livro sagrado dos muçulmanos, foi revelado a Maomé, numa noite ímpar da última dezena do mês do Ramadão (9º mês) do ano de 610, tinha o profeta 40 anos. Desde a primeira revelação até à última decorreram 23 anos.

 

A Sura maior é o Surah Al-Baqar (a vaca), constituída por 286 versículos. E é a segunda da ordem. A mais pequena é a Surah Al- Kauthay que ocupa o número 108 e é constituída por apenas 3 versiculos.

 

Não há uma ordem cronológica dos versículos que constituem o Alcorão. São dois os tipos de Ayât (sinais prodigiosos de Deus) revelados a Maomé: Os que foram revelados em Meca e os restantes em Medina, após a Hegira, ou seja, a partida do Profeta da primeira para a segunda cidade. Há um total de 6.236 Ayâts.

 

O Corão é actualmente constituído por 114 suras (capítulos), 86 das quais reveladas em Meca e 28 em Medina.

 

O Corão nomeia e reconhece as escrituras de Abrãao, a Tora de Moisés, os Salmos de David e o Evangelho de Jesus, como Livros revelados por Deus.

 

O Objectivo principal da Revelação do Corão é “para ser lido, percebido e posto em prática com sinceridade na nossa vida. A sua mensagem é para todos os tempos e todos os lugares, até ao fim do mundo”.

 

O Corão expressa a palavra de Deus, através do cálamo supremo, “e nem uma palavra foi acrescentada, alterada ou cortada”(Rodrigues, 1998), diferenciando-se desta forma das escrituras judaicas e cristãs, sendo considerado não apenas um livro sagrado, mas a “realidade inefável plena de um significado mais profundo e misterioso, distinguido por uma impenetrável «inimitabilidade» literária (i’ jaz) (Rodrigues, 1998).

 

Desta forma, para além do fenómeno religioso autêntico que perfaz o Corão, “existem preceitos de ordem jurídico-moral, num conjunto intricado de normas de direito civil, comercial e penal, e, até directrizes sanitárias” (Rodrigues, 1998).

 

É proibida na religião islâmica o recurso a figuras ou representações. O controle de Alá é soberano e esta ausência de qualquer representação de entes sencientes, sejam eles humano ou animal, é uma advertência da convicção de que Deus e só Deus deve ser adorado. Ao associar-se alguém ou alguma coisa a Deus, comete-se o shirk, ou seja, pratica-se um grave pecado. Daí, o rejeitar-se o uso do termo «Pai», afim de evitar comparações ou alguma relação física com seres humanos. A posição sufi do islamismo, segundo Clinton Bernett, pode ser definida nos seguintes moldes:

 

“Se quiser retratar Deus, retrate o homem perfeito, retrate o indíviduo cuja vida está tão sintonizada com a vontade de Deus, cuja vida reflecte tanto as qualidades de Deus, que a dualidade entre criatura e criador é destruída”.

 

A Oração é praticada 5 vezes ao dia. E segundo uma tradição islâmica : “A oração é como um carreiro de água doce que passa diante da porta de cada um de vós”.

 

A Caaba (Ka’aba) é um monumento único que nunca foi copiado ou imitado. É o panteão das tribos politeístas, foi conservado pelo Islão por dois motivos: foi a casa construída por Abrãao, tendo-se tornado a qibla (orientação) dos muçulmanos, o centro em cuja direcção se ora, onde quer que se esteja no mundo, e, porque é o lugar de peregrinação que cada crente deve fazer, pelo menos uma vez na vida.

 

O Islão era uma religião que atribuía ao seu fundador responsabilidades politicas imediatas. Após a sua morte, os sucessores tomaram conta não só da fé como da gestão da comunidade alargada de fiéis. A paz entre as tribos em conflito na Arábia tornou-se uma realidade ao levar-se a nova ordem até aos territórios do império Romano e Persa.

 

O Islamismo é a mais jovem das religiões universais, sendo a 2ª maior e com mais de mil milhões de seguidores. É monoteísta baseada na submissão incondicional (kibnet) à vontade de Alá, definido como Deus único, absoluto, justo e omnipotente.

 

Tem muitos aspectos em comum com o judaísmo e o cristianismo, e apresenta uma concepção globalizante da fé, dos deveres religiosos e da vida social. Para além do reconhecimento dos profetas do Antigo Testamento, sendo mencionados 25. Maomé é considerado o último dos grandes profetas como foram Abrãao, Moisés e Jesus.

 

O islamismo não tem o sacerdócio nem o sacramento.Islamismo pode traduzir-se como submissão, conformidade, aceitação, rendição, obediência à vontade de Deus.

 

 

A FÉ NO MUNDO ÁRABE

 

SUNITAS – São quase 90% da população muçulmana. É o grupo ortodoxo mais representativo seguidores da Suna (tradição).

 

XIITAS – Cerca de 10% da população. São seitas muçulmanas com vários grupos que reconhece Ali, sobrinho de Maomé, como cabeça de sucessão dos califas, contrariando aos Sunitas, que apenas concedem esta possibilidade aos descendentes directos do Profeta. Estão concentrados no Iraque, Irão e Paquistão.

 

ISMAELITAS – Incluem os Drusos do Líbano e os Khojas, existentes na Índia e Paquistão. Consideram Aga Khan como o seu chefe sagrado.

 

ALAVITAS – Grupo religioso de origem islâmica e separado dos Ismaelitas. Tiveram um estado independente entre 1924 e 1930 no norte da Síria, com capital em Lalaquié. Adoram uma trindade composta por Ali, Maomé e Selmar.

 

AGA KHAN – Expressão persa que indica o chefe supremo da seita xiita dos Ismaelitas. As suas qualidades são transmitidas por herança e é-lhe prestado um culto especial. Através dele, a revelação continua a ser trazida ao Mundo, contrariando o princípio muçulmano de que ela terminou com Maomé.

 

DRUSOS – Membros de uma seita saída do islamismo xiita e fundada no século XI. Desde o século XVIII, estabeleceram-se em grande número no território da actual Síria, na área dos montes Haurã. Estão também na Galileia, ao norte de Israel. São governados pelos seus xeques. Acreditam na transmigração da alma.

 

SUFIS – Místicos do islamismo, divididos em várias seitas que diferem no vestuário e nos usos. Todos eles pregam a união com Deus como o fim a atingir em vida.SIKHS - Seita religiosa indiana. Não há hindus nem muçulmanos.

 

KHOJAS – Seita muçulmana, localizada na Índia e Paquistão. Consideram Aga como o seu chefe sagrado.

 

MUTAZILITAS – Inicialmente conservadores, puritanos e proselitistas. Depois, tornam-se racionalistas, de modo que nada da religião devia ser contrário à razão. Mais tarde, dividem-se em várias correntes principais de pensamento, representando áreas diferentes do mundo islâmico.

 

MAHDI – Um chefe enviado por Deus, que os Xiitas esperam que há-de vir para renovar a verdadeira religião, conquistar o mundo para o Islamismo e reinar durante um milénio.

 

 

REALIDADE ISLÂMICA:

 

A FAMÍLIA MUÇULMANA

 

O paraíso está nos pés da mãe” - Pensamento árabe.

 

Para os muçulmanos, a família é algo sagrado. Regra geral, o contexto familiar muçulmano, é caracterizado por uma distinção clara e expressiva no desempenho de papéis, cabendo ao homem (marido/pai) um lugar preponderante e autónomo, e à mulher (esposa/mãe) um papel mais central no núcleo familiar, pois a primeira conversão ao islamismo foi a de uma mulher – a mulher do profeta. Entre os árabes há uma história que se conta que é a seguinte: Alguém pergunta ao profeta: “Quem é que devo amar mais?” E o profeta responde : “A mãe”. E pergunta: “E depois?”. E o profeta responde : “A mãe”. “E a seguir?”, volta a perguntar o sujeito. A que o profeta pacientemente responde: “ A mãe. E depois o pai”. E só depois vem o resto da família.

 

No entanto, por vicissitudes sociais e políticas decorridas nas últimas décadas e pela globalização da informação, esta família secular tem sofrido a interferência discreta da ocidentalização, sendo condicionada a operar internamente alguns ajustes (poucos), pois contrariamente ao que é suposto, o próprio jovem muçulmano cumpre os preceitos religiosos, sendo uma minoria que protesta de forma mais veemente.

 

Actualmente, nos países ocidentais onde estão implantadas um grande número de comunidades muçulmanas é que se assiste a um reivindicar mais acentuado, o que não significa a recusa para com o islamismo. O jovem muçulmano ao ser confrontado diariamente com o modus vivendi do jovem ocidental, onde o estilo de vida tem algo de espectacular, provoca-lhe um apetite imitativo e que é declaradamente obstruído pela autoridade paterna. Sobre o funcionamento interno da família e reportando-nos ao modo de pensar e agir da pessoa muçulmana, diz-nos sheik Munir:

 

“Tendo a sociedade islâmica um código de vida que é o Corão, pretende-se desta forma criar uma sociedade sã. Há contudo membros dentro de algumas famílias nestas situações embaraçosas – o consumo de drogas - e tentamos solucionar o problema através de um melhor conhecimento da religião. É sabido que o comportamento destas pessoas é uma transgressão religiosa, moral, social, etc....A droga é ainda para as famílias muçulmanas algo que não é falado abertamente. É um facto”.

 

Em causa parece estar não só a religião, mas a validade das razões que conduz um jovem muçulmano a aderir a estilos de vida que, se na aparência promove a liberdade e o desejo de experimentar, vão colidir com os fundamentos pragmáticos do islamismo. Mesmo sabendo de antemão, que a convencional família muçulmana não é muito receptiva a ímpetos individualistas. Vera Slepoj no seu livro As Relações de Família, resume a família muçulmana da seguinte forma:

 

“O casamento muçulmano consiste num contrato civil vivamente recomendado pela religião que é contrária ao celibato e à libertinagem. Na maior parte dos países muçulmanos, a formalização do contrato não exige rituais ou cerimónias religiosas mas só a recitação do primeiro capítulo do Corão (Fatihah). As núpcias verdadeiras acontecem num momento sucessivo, com um rito profano em que está previsto um banquete nupcial cujas origens remontam aos tempos de Maomé, recomendado como forma ritual.

 

É possível contrair casamento também entre menores com a autorização dos pais e dos outros parentes, mantendo a possibilidade de anulação na maioridade. Condição inflexível para a validade do casamento é a doação que o marido deve fazer à mulher que, casando-se, tornar-se-á uma sua propriedade.

 

Enquanto para o homem é lícito casar com mulheres de religião diferente da sua, desde que sejam as que o Islamismo reconhece, à mulher não é consentido o casamento com quem não fôr muçulmano. Estão proibidos os casamentos entre consanguíneos, mas é permitida a união entre primos de primeiro grau. O Islamismo admite a poligamia até um número de quatro mulheres, mas não é lícito Ter simultaneamente por mulheres ou concubinas duas irmãs ou tia e sobrinha.

 

Existe a possibilidade de cessação do casamento através da fórmula do repúdio por parte do marido ou do divórcio consensual. A separação pedida pelas duas partes passa pelo exame.

 

 

O DIREITO ISLÂMICO

 

“Submissão a Deus” é a expressão que melhor traduz a palavra islamismo. E que exige total devoção e obediência, pois todos os aspectos da vida só poderão ser abordados sobre a perspectiva religiosa, sendo o Alcorão juntamente com as tradições estabelecidas por Maomé o que constitui as leis dos países muçulmanos. Portanto, o Código Penal destes países obedece aos preceitos do islamismo.

 

O direito muçulmano ao preocupar-se com as sanções das normas que fixa, faz com que só possa ser aplicado nas relações entre muçulmanos, isto é, “o princípio religioso sobre o qual assenta torna-se inoperante, inaplicável, quanto a professos de outras religiões”(Silva de Sousa, 1986). Sendo uma das faces da religião, o direito muçulmano não tem poder distinto, pois a religião faz parte intrínseca do ser humano e está acima de qualquer instituição política, económica, familiar ou social.

 

Al-Halal, é o que é permitido, onde não existem restrições e cumprem os principios da fé; Al-Haram, é o interdito, o condenável, o que é absolutamente proibido, e quem comete acções deste carácter é punido severamente, sendo a pena máxima a condenação à morte.A Shari’a, lei de Deus a que obedecem todos os muçulmanos, é a súmula de quatro fontes. Recorrendo ao modelo legal da Arábia Saudita, terra do Profeta, temos então:

 

-o Alcorão, pilar uno e fundamental para toda e qualquer interpretação feita sobre o olhar e decisão dos homens;-o Sunna, que são as tradições transmitidas pelo profeta Maomé;

-o Ijma, são as percepções que os estudiosos do islamismo retiram;

-e o Qijas, onde juristas aplicam os novos princípios legais, adaptados à realidade e à especificidade dos actos cometidos.

 

Assim, um julgamento é constituído normalmente por três membros, aumentando para cinco se a pena incidir na morte ou mutilação. Os crimes obedecem a três classificações dependente da gravidade, e que são:

 

-Os crimes de Hudud, são crimes graves denunciados por Deus no Alcorão, inclui o roubo, a ingestão de bebidas alcoólicas, o consumo de drogas, a difamação do islamismo, a fornicação e o adultério.

-Os crimes de Tazir, são os considerados de má conduta dentro da lei islâmica e não sendo considerados muito graves,a punição vai depender da gravidade do crime e do arrependimento demonstrado pelo réu. Aqui, o julgamento é feito individualmente.

-Os crimes de Qisas apontam para as situações onde o crime visa a vítima ou a sua família, podendo a família ultrajada retaliar e adquirir direitos e aplicar ela própria o castigo.

 

Nos julgamentos, as testemunhas são geralmente os homens adultos muçulmanos. Às mulheres só lhes é permitido testemunhar caso se trate de um assunto pessoal mas não tenha ocorrido na presença de homens. Ao tribunal caberá decidir sobre a validade do testemunho. Os não muçulmanos raramente e só em situações muito especificas é que poderão testemunhar.

 

Os estudiosos, em tempos remotos, tratavam o Corão como contendo os princípios gerais pelos quais se devem reger todas as questões. Onde o Corão não fosse claro, recorrer-se-ia às hadiths.

 

Quando surgiam questões legais para os tanto o Corão como as Hadiths não davam orientação segura, a maior parte dos eruditos recorria às qiyas, que na essência era uma argumentação por analogia, ou seja, o novo problema dependia da decisão já tomada anteriormente para com um problema idêntico.

 

À medida que os anos foram passando, os eruditos também foram cada vez mais capazes de chegar a acordos sobre as diversas questões legais, surgindo então o princípio do ijma (consenso da comunidade).

 

Desta forma, a lei recorria cada vez mais no ijma e o direito da ijtihad (interpretação individual) foi confinada a uma área restrita em que não fora atingido um acordo geral. No século X, a ijtihad deixou de ser aplicada. Mas para quem interpretasse o significado de um texto de forma a desafiar a interpretação, apoiando-se no ijma, cometia bida (Heresia), que é um acto de Inovação.

 

 

A COMUNIDADE ISLÂMICA EM PORTUGAL

 

A comunidade islâmica instala-se em Portugal no ano de 1968 e dezassete anos depois –1985 – é aberta a mesquita de Lisboa. O actual imame, sheik David Munir, assumiu a direcção um ano depois. A organização interna da comunidade é composta por uma direcção, uma assembleia-geral e um conselho fiscal.

 

Para chegar a sheik é necessário ter uma formação religiosa, que se adquire nas universidades islâmicas. Nessas universidades, há um currículo académico e obrigatoriamente, em paralelo, um outro de carácter religioso. Há universidades que só professam a parte religiosa, mas não há universidades que tenham um currículo apenas académico.

 

Para quem quer seguir uma formação exclusivamente religiosa, estuda o Corão na sua totalidade e profundidade, com o objectivo final, após a sua memorização, recitá-lo contextualmente. Para além do conhecimento profundo do islamismo, é permitido estudarem outras religiões.

 

As instituições religiosas, principalmente as de países como Arábia Saudita, Líbia, Egipto, Irão e Paquistão, estão associadas às respectivas universidades, de modo a recrutarem um imame, para chefiar a mesquita.

 

A maioria dos muçulmanos que fazem parte da Comunidade existente em Portugal, são de origem africana, principalmente dos países lusófonos e indiana. Esta variedade de nacionalidades e de costumes. Interferem muito pouco na convivência que se estabelece entre todos os membros. A religião é o que os une e cabe ao imame saber manter, para além da unidade, alguma moderação e tolerância entre todos.

 

 

Curiosidades linguísticas

(Palavras e expressões de origem árabe com os seus respectivos significados)

 

Abaaya – Túnica preta comprida usada pelas mulheres da Arábia Saudita.

Abadan – Servidor de Deus.

Alcorão – Livro sagrado do islamismo que contêm as palavras de Deus como foram transmitidas ao profeta.

Al- Fâtiha – Sura que se julga ser revelada em vida de Maomé.

‘Ajr – Dote (da noiva)

‘Akafa – piedoso religioso (que pratica retiros).

Álamin – Direcção para o Mundo (significado de Meca).

Allâh akbar – Allâh é grande!

Aslama – Entregar-se, abraçar o Islamismo.

Ayat – Sinais prodigiosos (de Deus).

Bakka – Makka, Meca.

Baath – Movimento político iniciado na Síria e propagado no Iraque, cuja doutrina é a unidade árabe.

Beduíno- Árabes originários, um povo nómada do deserto.

Bid’a – Inovação.

Çadaqa – Um dos regulamentos da Hadjdj e que consiste em dar esmolas.

Çalât – Oração ritual.

Çalat aç- çolh – oração matinal.

Çalat al- açr – oração entre o meio-dia e o pôr-do-sol.

Çalat-al-‘ichâ – oração nocturna.

Çalat-al-maghrib – oração ao antardecer.

Çalat az-zohr – oração do meio-dia.

Chahâda – Profissão de fé, um dos cinco pilares do Islão.  Os outros são:

-Oração ritual;

- O Jejum;

- A Esmola;

- A Peregrinação a Meca (pelo menos uma vez na vida).

 

Chari’a – Caminho de fé a seguir pelos muçulmanos como via única, sendo composta por regras de carácter jurídico.

Curdos – Grupo étnico e linguístico do Iraque. Nacionalista, aspiram a um território próprio. São 18% da população daquele país.

Dahari – Os não muçulmanos, materialistas, idólatras

Dâr- al- islâm – Conquista de terras, pela guerra santa, de territórios que rejeitavam a religião do Profeta.

Dhimmi – Vencidos (Judeus e cristãos que pagavam o imposto de djizya).

Djizya – Imposto só para judeus e cristãos a pagar aos conquistadores árabes.

Du´ â – Oração, preceDû-l-Hijja – O décimo primeiro mês sagrado (mês da peregrinação).

Emir – Governador de províncias.

Faqih – JuristasGhutra – O «toucado» que os árabes usam na cabeça.

Ghosl – Ablução.

Hadith – Narrativa constituída pela matn e pelo isnâd.

Hadjdj – A peregrinação a Meca.

Hady – Oferendas.

Hanif – Anterior a Maomé, eram pessoas que não professavam nem o judaísmo nem o cristianismo.

Haram – Território de Meca, considerado sagrado.A expressão significa pena ou simpatia.

Hudûd – Leis sagradas de Deus.

Ibn – Significa «filho de».

Ich’ âr – Marcar o animal que vai ser sacrificado durante o Ramadão.

Idjimâ’ – Parte do direito muçulmano que se baseia no acordo unânime dos legisladores, que permite reconhecer a autoridade de decisões que não podiam advir directamente do Alcorão ou da Sunna.

Igaal – Cordão negro usado no topo do «toucado» dos Árabes.

Ijma – Percepções que os estudiosos do islamismo retiram do Alcorão.

Ihrâm – Nome do vestuário com que o peregrino se veste, antes de entrar em Meca.

Imame – Chefe da comunidade de crentes e que dirige a oração feita em grupo.

‘Islâm – Islão (submete-se à vontade de Deus).

Isnâd – Parte da Hadith que significa fundamento.

Isra – De entre as Haddiths, é a narrativa que conta a história da jornada nocturna do Profeta.

Jerusalém – Terceira cidade mais sagrada do islamismo, sob o controlo dos israelitas. As outras são Meca e Medina.

Kaaba – Santuário em Meca.

Kâfir – Infiel.

Madrasa – Colégios de cariz teológico que funcionavam sob o princípio da contrapropaganda sunita.

Maqân – Pedra sagrada onde se diz estar marcado o pé de Abraão.

Meca – A cidade onde Deus revelou a sua vontade ao profeta Maomé. É a cidade islâmica mais importante.

Medina – Segunda cidade sagrada, designada a «cidade do Profeta» e é onde ele foi enterrado.

Mohâjirum – Expatriados de Meca. Compõem a comunidade religiosa de Medina.

Moqarribin – Os quatro arcanjos hebraicos que se converteram ao islamismo e que são:

- Djabrail, porta-voz das ordens de Deus;

- Mikaîl, vigia a Terra;

- Israfil, o tocador de trombeta no Julgamento Final;

- Azraîl, o arcanjo da morte.Todos estão próximos de Allah.

 

Mouçalla – Oração ao ar livre.

Muuhsana – Mulher livre.

Mutawa – A polícia religiosa do islamismo.

Muslim - Aquele que aceite a vontade de Deus. Muçulmano.

Quadâ – Jejum obrigatório como compensação quando não se fez o jejum durante o mês do Ramadão.

Qisas – O método de acordo com os novos princípios legais no islamismo.

Qanata – O que pratica a oração

Qar’a – Ler, recitar. Foi a revelação que Maomé recebia de Deus e que tornava pública posteriormente.

Rahma – Graça divina.

Ramhân (ar-) é o benfeitor.

Ramadão – Mês islâmico do jejum.

Rasûl – Enviado, profeta.

Rây – No direito muçulmano, é o apelo do juiz ao seu próprio sentimento de equidade, no fundo é a sua interpretação pessoal perante o veredicto.

Razias – Ataques dos guerreiros em nome do islamismo contra os infiéis.

Shari’a – A lei de Deus para todos aqueles que professam o islamismo.

Salama – Verbo donde provêm Islam e Muslim.

Sira – Compilação de dados biográficos do profeta, onde predomina o sobrenatural.

Sodjoud – Ponto culminante da oração, onde o homem se ajoelha, colocando as mãos sobre o chão e prosterna-se de modo a tocar com o nariz no chão.

Sura – Reunião de várias revelações ou até fragmentos delas e que constituem as divisões do Alcorão. São 114.

Surat-al-nas – Última sura.

Souq – Mercado local ou bazar.

Sunita – O ramo ortodoxo maioritário do islamismo.

Tafsîl – Dar a conhecer.

Tazir – Crimes de má conduta dentro da lei do islamismo.

Tawâf – São as sete voltas que o peregrino dá à Kaaba (Caaba).

Umma – Comunidade islâmica.

Walli – Amigo.

Xiita – Ramo do islamismo que se separou da maioria sunita, devido à questão em torno do sucessor do profeta Maomé.

Zakât – Imposto de caridade pago pelos muçulmanos, ou esmola.

 

(Algumas das muitas palavras árabes utilizadas na língua portuguesa)Adufe - De Ad-daf (Instrumento musical).

 

Albufeira - De Al Buhaira (Nome diminutivo de Bahr Mar).

Alcatrão - De Alcatrão

Álcool - De Alcohl.

Algodão - De Al coton.

Alcunha - De Al-Kunia

Até - De Hatta (no português escrevia-se átha)

Alface - De Alkhace

Alfaia - De Al-Haja

Alicate - De Al-Licat

Alfaiate - De Alkhaiate

Alfândega - De Al-Funduq

Alfinete - De Alkhelal

Azulejo - De Azzalujo (ser liso, escorregadio)

Alferes - De Alfares (O cavaleiro)

Almofada - De Almokhadda

Alvará - De Albaráah

Ameixas - De Mexmas (damascos)

Arroz - De ar-roz

Açafrão - De Azzafran

Azeite - De Azzeite

Azeitona - De Azaitun

Açúcar - De As Sukkar

Almirante - De Al-Amir (O Chefe)

Alcatifa - De Qatafa (Bordar com cores diferentes)

Alfazema - De Alkhozama

Açucena - De Assuçan

Alacrau - De Al-Âcrab(Escorpião)

Açoutar - De Sauta (Dar pancadas com cordas)

Arsenal - De Dar-es-Sináa (Casa da indústria)

Assassino - De Haxaxi (Que bebe ou fuma Haxixe)

Ataúde - De At- Tábut (Caixão)

Alcaide - De Alqáid (Líder)

Alvaraz - De Albaraç (lepra branca)

Alardo - De Al-Ard (exibir, demonstração)

Alcácer - De Alqaçr (palácio)

Alcatifa - De Al Qatifa

Alcova - De Al-Qubbá (tenda, quarto interior de dormir)

Aldrabão - De Al-bardan (que tem frio, louco)

Aletria - De Al-Itriã (com o mesmo sentido)

Alfena - De Al-Hinná

Algarismo - De Alkhuarizmo (sobre nome do matemático Mohammad Ibn Muça) Algema - De Jamaá (pulseira).

Alicerce - Al-Isãs (fundação).

Almanaque - De Al- Manakh (lugar onde o camelo ajoelha).

Almeida - De Al-Maida (mesa servida)

Alquimia - De Al-Kimiã (com mesmo sentido)

Alforria - De Hurria (liberdade)

Bálsamo - De Balsam

Café - De Cahwa

Camelo - De Jamal

Copo - De Cup.

Ceroulas - De Serwal (calça)

Espera - De essbir

Espinafre - De Estánekha

Fatia - De Fattá (cortar, partir)

Fátima - Nome próprio de mulher

Frango - De Farkhó(Pinto crescido)

Gato - De Catt

Gazela - De Gazala

Girafa - De Jarrafa ou Zarrafa

Gengibre - De Zanjabil

Gibraltar - De Jabalat –Tariq

Javali - De Jabbali (porco bravo)

Jasmin - De Yassmin

Jóia - De Jauhar (coisa que brilha)

Jarro - De Jarra (vaso de barro para água ou flores)

Laranja - De Naranja

Limão - De Laimun

Marfim - De Nabfil (Voz corrupta)

Máscara - De Maçkhara (Escárnio, zombaria)

Mesquinho - De Mesquin (pobre, mísero)

Metical - De Mithcal (peso usado pelos ourives)

Monção - De Maussin(Estação, vento periódico)

Macábro - De Macábir(lugar de muitas campas)

Oxalá - Inxa ALLAH (Se ALLAH quiser)

Papagaio - De PapagaPato

Resma - De Razma (arrumar apertando)

Romã - De Romman

Sabão - De Sabun

Sândalo - De Sandal(Pau aromático)

Sorvete - De Xarbete

Tâmara - De TamarTouro - De TaurTambor- De TanburTremoço - De TurmussTetra - De Tatrá (um após outro)

Xadrez - De XatranjXarope - De XaropeZenite - De Semat (o ponto vertical)

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

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